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Commodities têm dia de queda generalizada com forte alta do dólar e despencada do ouro

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A semana começou em queda não só para os grãos no mercado internacional, mas para as commodities de uma maneira generalizada. Enquanto a oleaginosa, milho e trigo recuavam em Chicago; café, açúcar, suco de laranja e algodão perdiam valor em Nova York; o petróleo também recuava e o ouro despencava nesta segunda-feira (20) registrando suas mínimas em cinco anos. As demais commodities metálicas e energéticas também operam em campo negativo.
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Ao mesmo tempo, o dólar subia não só frente ao real, mas a uma cesta de principais moedas ao redor do mundo, chegando, em alguns casos, a registrar sua máxima em três meses. Por volta das 10h40 (horário de Brasília), a divisa subia, no Brasil, 0,94% a R$ 3,223. Paralelamente, as bolsas mundiais também registravam ganhos nesta sessão.

Conforme informou a agência internacional de notícias Bloomberg, a «queda das commodities está se aprofundando com preços caminhando para os menores patamares, em alguns casos, desde 2002 diante das perspectivas de uma alta nas taxas de juros dos Estados Unidos e dos futuros do ouro caindo muito».

Assim, as matérias-primas negociadas mundialmente vem perdendo valor de forma significativa. Paralelamente, os custos dos empréstimos mais elevados reduz a atratividade das commodities como o próprio ouro, por exemplo, que não paga juros ou dá retornos interessantes como títulos e ações, ainda segundo explicam especialistas da Bloomberg.

«Qualquer aumento nas taxas de juros americanas podem fortalecer ainda mais o dólar e provocar a saída dos fundos de investimentos de commodities, metais e ativos de mercados emergentes», disse o executivo-chefe da consultoria internacional Phillip Asset Management Co., Vattana Vongseenin.

Fed e Ouro

Como explica John Ficenec, do The Wall Street Journal, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) planeja aumentar as taxas de juros do país ainda neste ano com a perpectiva de uma economia do país que está melhorando e isso está «tirando o brilho do ouro», uma vez que a commodity é uma «reserva de riqueza para os investidores, mas não gera o retorno de pagamentos de juros regulares ou receita de dividendos.

«Nos últimos seis anos, os investidores têm sido felizes ao concentrar seu dinheiro no ouro, enquanto os retornos de outros ativos seguros têm se mostrado mais baixos, ao mesmo tempo em que o cenário econômico se apresentava mais volátil. Porém, com os custos de empréstimos em alta, as commodities, como o ouro, por exemplo, está perdendo força com os investidores observando retornos melhores em outros ativos», diz Ficenec.

Dólar e dólar index

O dólar vem subindo de forma pujante nesta segunda-feira impulsionado, principalmente, pela «resurgente economia americana» e diante da possibilidade de alta dos juros nos EUA cada vez mais próxima, podendo acontecer nos próximos meses. E o dólar index, que segue o preço do dólar americano frente às principais moedas mundiais, subiu 20% no último ano.

«E o valor do dólar tem, tipicamente, uma relação inversa com as commodities. Quando o dólar sobre frente às outras divisas, os preços das commodities caem, e o inverso também é verdadeiro, e isso acontece porque quase todas as commodities nos mercados internacionais são negociadas em dólar», explica o especialista do The Wall Street Journal. «Os compradores internacionais adquirem suas commodities em dólar, então, quando o dólar cai, o poder de compra é maior e a demanda aumenta, e quando o dólar sobe, o poder é menor, uma vez que as commodities se tornam mais caras», diz.

Dólar no Brasil

No Brasil, o dólar ainda contava com mais um componente para a alta e passar a operar acima dos R$ 3,20: a crise política. O cenário conturbado no Brasil já era confuso quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, resolveu romper com o governo e se colocar como oposição, após ser acusado de receber US$ 5 milhões de propina. Em seguida, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros criticou publicamente o ajuste fiscal em andamento e elogiou Cunha.

«Com poder suficiente para barrar e dificultar a aprovação das medidas de interesse do governo na casa, Cunha é figura central de uma batalha que poderá custar à presidente Dilma Rousseff a perda do mandato», escreveu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva em nota a clientes, segundo informou a agência de notícias Reuters.

A postura dos líderes do Congresso Nacional reduziu até mesmo a influência do alívio trazido com o acordo firmado na Grécia para o pagamento da dívida e de um novo pacote de ajuda a ser recebido pelo país. Assim, não só o dólar avançava sobre o real nesta segunda-feira, como o Ibovespa – que abriu em alta – passou a recuar também.

Com informações da Bloomberg e do The Telegraph.

No G1: Dilma reúne coordenação pela 1ª vez após Cunha romper com o governo

Três dias após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciar o rompimento com o Palácio do Planalto e a ida para a oposição, a presidente Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (20) com os integrantes da chamada coordenação política do governo, formada pelos ministros mais próximos e conselheiros políticos.

Na última sexta (17), Eduardo Cunha convocou a imprensa para uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele anunciou o rompimento com o governo e disse que passaria a atuar como opositor à gestão Dilma Rousseff. O deputado, porém, disse que a “relação institucional” não será “afetada”.

O anúncio de Cunha ocorreu um dia após o consultor da empresa Toyo Setal Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, relatar à Justiça Federal do Paraná que Cunha pediu propina de R$ 5 milhões, o que o peemedebista nega. O presidente da Câmara acusa o Palácio do Planalto de ter se articulado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na Lava Jato.

Leia a notícia na íntegra no site do G1.

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