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Riqueza dos brasileiros encolheu US$ 380 bilhões, diz pesquisa

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Os dados são de estudo do banco Credit Suisse, que atribui o resultado ao baixo ritmo do crescimento econômico e desvalorização do real
ECONOMIA
Agência Brasil

Prejudicada pelo baixo crescimento econômico e principalmente pela desvalorização do real, a riqueza das famílias brasileiras encolheu US$ 380 bilhões nos últimos 12 meses, alcançando agora US$ 2,5 trilhões. O número foi divulgado nesta quinta-feira (18) pela área de pesquisa do banco Credit Suisse, que publicou o relatório Global Wealth Report 2018.

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O desempenho contrasta com o do restante do planeta. Em 2018, a riqueza global das famílias aumentou 4,6%, para US$ 317 trilhões. De acordo com o relatório, problemas econômicos no Brasil e na Argentina tornaram a América Latina a única região do planeta a ter registrado queda na riqueza em 12 meses, com recuo médio de 4,9%.

O maior crescimento foi registrado na América do Norte, onde a riqueza das famílias aumentou 6,5% no ano passado, para US$ 106,5 trilhões. Em seguida, veio a Europa, com expansão de 5,5% (para US$ 85,4 trilhões), e a China, com alta de 4,6% (para US$ 51,9 trilhões).

De acordo com o levantamento, a desvalorização das moedas locais foi a principal causa da redução da riqueza média em dólares, tanto no Brasil como na Argentina. O número de milionários caiu de 190 mil para 154 mil no Brasil e de 29 mil para 21 mil no país vizinho.

Tendência

Segundo o relatório do Credit Suisse, a redução da riqueza das famílias brasileiras tem sido uma tendência nesta década. A riqueza por adulto acumula retração de 36% entre 2011 e 2018 em valores convertidos para o dólar. A riqueza por adulto, destacou o documento, saltou de US$ 8.040 em 2000 para US$ 26.200 em 2011, caindo para US$ 14.236 este ano. Em reais, o valor per capita aumentou, mas a pesquisa informa que a alta deveu-se essencialmente à inflação, que transforma a perda em dólares em ganhos na moeda local.

A desigualdade foi outro aspecto da economia brasileira ressaltado no relatório. De acordo com o banco, o desemprego, atualmente em torno de 12%, e o crescimento esperado de 1,5% da economia para este ano pioram a distribuição de renda. Atualmente, o 1% mais rico da população brasileira detém 43% da riqueza familiar nacional, enquanto a proporção de pessoas com patrimônio inferior a US$ 10 mil equivale a 74% dos habitantes, contra média mundial de 64%. R-7

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