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Primeira cidade flutuante do mundo emergira no oceano pacifico ate 2020/

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O rascunho do projeto de lei será elaborado no próximo ano e a construção deverá começar em 2019.

O fundador do PayPal, Peter Thiel, tem um plano radical: criar uma cidade flutuante construída no Oceano Pacífico.

Hotéis, casas, escritórios e restaurantes serão construídos em 2020 pelo Instituto Seasteading, uma organização sem fins lucrativos que espera “libertar a humanidade dos políticos”.

O jornal Dailymail explica que, em janeiro, a empresa firmou um acordo com a Polinésia Francesa para estabelecer uma cidade experimental próximo à sua costa. Joe Quirk, presidente do Instituto Seasteading, disse que quer ver “milhares” de cidades flutuantes até 2050.

Ou seja, veremos a criação de uma cidade independente que flutuará em águas internacionais e operará dentro de suas próprias leis.

A primeira ilha está sendo financiada por uma moeda virtual, um novo conceito que está ganhando popularidade no Vale do Silício, no qual o dinheiro é gerado pelas massas através da criação e venda de uma moeda virtual.
O instituto espera arrecadar cerca de 60 milhões de dólares até 2020 para construir uma dúzia de edifícios.

As estruturas terão “telhados verdes” cobertos de vegetação e a construção usará bambu, fibra de coco, madeira, metal reciclado e plástico.

Revelados pela primeira vez em janeiro, os planos foram aprovados pelo governo da Polinésia Francesa, que agora está criando uma zona econômica especial para a cidade flutuante operar sob suas próprias leis comerciais.

O pequeno país, formado por um grupo de 118 ilhas no Pacífico Sul, com uma população de pouco mais de 200 mil habitantes, concedeu ao Instituto Seasteading 40 hectares de praia para operar. A Polinésia Francesa está interessada no projeto porque a área está em risco devido à elevação do nível do mar.

Pode parecer um plano ambicioso, mas o grupo acredita que as cidades semi-independentes serão o local perfeito para experimentar novas formas de governo e métodos agrícolas.

Quirk e sua equipe criaram uma nova empresa, a Blue Frontiers, que irá construir e operar as ilhas flutuantes na Polinésia Francesa.

Ele também comentou que teve a inspiração para construir uma cidade flutuante, conhecida como Seasteading, quando foi ao festival americano Burning Man 2011.

O grande evento, que atrai 70 mil pessoas a cada ano, pode fornecer um modelo para uma nova sociedade onde “as regras não seguirão os parâmetros habituais”, ressaltou.

“Se fosse possível ter uma cidade flutuante, seria essencialmente um país recém-criado”, disse Quirk.

Quem são os “seasteaders”?

Os seasteaders são uma equipe global diversificada de biólogos marinhos, engenheiros náuticos, piscicultores, pesquisadores médicos, investidores, ecologistas e artistas, informa o site do Instituto Seasteading.

Seu objetivo é construir ilhas flutuantes para abrigar fazendas aquícolas, serviços de saúde flutuantes, ilhas de pesquisa médica e potências de energia sustentável.

“Nosso objetivo é maximizar a liberdade empresarial para criar empregos azuis para acolher qualquer pessoa no próximo mundo novo”, escrevem.

O Instituto foi criado em 2008 pelo fundador do PayPal, Peter Thiel, e pelo ativista, engenheiro de software e teórico da política econômica Patri Friedman, neto do economista vencedor do Prêmio Nobel Milton Friedman.

Peter Thiel, capitalista co-fundador do PayPal, canalizou cerca de um milhão de dólares para o instituto e considera o Seasteading como uma “fronteira aberta para experimentar novas ideias de governo”.

“Nós podemos criar uma grande diversidade de governos para uma grande diversidade de pessoas”, disse ele.

O Instituto Seasteading passou os últimos cinco anos criando projetos para “comunidades permanentes e inovadoras que flutuam no mar”.

Em 2012, pouco depois de Quirk se juntar ao Instituto Seasteading, ele escreveu um artigo com Friedman intitulado: “Seasteading: como as nações flutuantes vão restaurar o meio ambiente, enriquecer os pobres, curar os doentes e libertar a humanidade dos políticos”.

Eles afirmam que a construção de cidades flutuantes é o primeiro passo para cumprir “os oito grandes imperativos morais”.

Seu acordo com a Polinésia Francesa, assinado em janeiro, especifica dois pontos que o projeto deve cumprir antes de obter sinal verde: deve beneficiar a economia local e deve ser ambientalmente amigável.

Mas mesmo que consiga demonstrar esses dois pontos, o projeto ainda deverá ser aprovado pelo governo local, e possivelmente pela França, que possui o território.

Randolph Hencken, diretor executivo do instituto, disse em janeiro: “O que nos interessa é escolher a sociedade e ter um lugar onde possamos tentar coisas que não foram experimentadas antes”. Ele acrescentou: “Estávamos à procura de águas protegidas, não queremos ficar no mar aberto, é tecnologicamente possível, mas economicamente escandaloso de pagar”.

“Se pudermos nos posicionar por trás de uma barreira de recifes, poderemos projetar plataformas flutuantes suficientes para essas águas por um custo acessível”.

“Nós não precisamos começar do zero porque este é um projeto piloto”.

“Também temos instituições muito estáveis, para que possamos trabalhar com um governo que nos queira lá, o qual respeitemos e que nos respeite”.

O rascunho do projeto de lei será elaborado no próximo ano e a construção deverá começar em 2019. As ilhas flutuantes contarão com fazendas de aquicultura, centros de saúde, centros de pesquisa médica e potências energéticas sustentáveis.

A primeira cidade será construída sobre uma base de 11 plataformas retangulares e pentagonais, de modo que poderá ser reorganizada de acordo com as necessidades de seus habitantes, como um quebra-cabeças flutuante, informou Quirk em janeiro.

Um relatório de viabilidade da empresa de engenharia holandesa Deltasync disse que as plataformas quadradas e pentagonais medirão 164 pés (50 metros) de comprimento e terão lados de 164 pés (50 metros) de altura para proteger edifícios e moradores.

As plataformas serão reforçadas e suportarão o peso de edifícios de três andares, como apartamentos, terraços, escritórios e hotéis por até 100 anos, de acordo com os planos.

Está previsto que entre 250 a 300 pessoas se candidatarão para ocupar a primeira casa na cidade flutuante.

O plano é que a cidade flutue próxima da costa de um país anfitrião, mas que também tenha um grau substancial de independência política.

A proposta original era procurar águas internacionais para estabelecer novas nações, mas o instituto percebeu que localizar sua cidade próxima da costa permitirá que os habitantes possam ir às “ilhas reais” e adquiram bens, tenham um abrigo contra as tempestades e uma melhor proteção legal.

O Instituto disse: “Nossa equipe interna agora está ativamente envolvida na diplomacia com os países anfitriões, argumentando que alojar uma cidade autônoma em suas águas territoriais produzirá importantes benefícios econômicos, sociais e ambientais para seus cidadãos”.

O relatório de viabilidade confirma a ideia de que o projeto é economicamente viável, com cada plataforma custando 15 milhões de dólares e que irá funcionar com custo de vida semelhante ao de Londres ou Nova York.

De forma geral, está previsto que a primeira cidade flutuante custará 167 milhões de dólares.

Thiel afirmou em 2008: “Daqui a algumas décadas, quem der uma olhada para trás, para o início do século, entenderá que a Seasteading foi um passo óbvio para fomentar o desenvolvimento de modelos de setor público mais eficientes e práticos ao redor do mundo”.

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