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Força da agricultura coloca Paraguai entre os líderes no mercado da soja

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Força da agricultura coloca Paraguai entre os líderes no mercado da soja
Mesmo sem atingir safra recorde, país garante produção significativa este ano
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Quem plantou no começo de setembro escapou da estiagem e conseguiu uma produtividade média acima de 70 sacas por hectare

Começa nesta segunda, dia 10, a série de reportagens do Soja Brasil no Paraguai. Durante três dias, os repórteres João Henrique Bosco e Pedro Silvestre registraram a colheita da safra nas regiões produtoras do país vizinho, o quarto maior exportador de soja do mundo.

>>Saiba sobre as outras reportagens da série

O Soja Brasil entra no Paraguai pela divisa entre Foz do Iguaçu e Cidade do Leste. Da ponte da amizade até o destino, a equipe roda 80 quilômetros. Em menos de uma hora, chega ao município de Santa Rita, cidade com 30 mil habitantes que logo mostra sua principal característica: tudo parece ter relação com o agronegócio. A região chamada de Alto Paraná tem as mesmas características de solo e clima do Estado paranaense. Quatro décadas de investimentos transformaram não só a região, mas o país numa potência agrícola. O Paraguai é hoje o sexto maior produtor de soja do mundo, com 3,1 milhões de hectares de área plantada, e quarto maior exportador mundial do grão.

– De 20% a 30% do PIB paraguaio vem da agricultura. O Paraguai é um país totalmente agrícola, então é muito importante a agricultura. Nós temos duas represas que são fontes de ingresso, limpas, mas temos a agricultura e ela é o que mais move a economia dentro do Paraguai. Fora a agricultura, temos a pecuária, mas o que é mais importante é a agricultura para a economia do Paraguai – afirma o representante da Coordinadora Agrícola, Milton Abich.

A safra passada foi a maior da história. Capitalizou o produtor e a área plantada em todo país aumentou em 150 mil hectares. A colheita iniciou no final de janeiro. Tudo se encaminhava para mais uma safra recorde, superando os 9 milhões de toneladas do ano passado, mas não foi o que aconteceu. Uma seca que castigou a lavoura no mês de dezembro baixou o rendimento.

Quem plantou no começo de setembro escapou da estiagem e conseguiu uma produtividade média acima de 70 sacas por hectare. Já a soja tardia não escapou do calor intenso. O produtor Adir Lui espera uma quebra entre 25% e 30%.

– Esta aqui vai dar uns 50 sacos por hectare, estava esperando umas 70 sacas por hectare. Nós colhemos a que plantamos no começo de setembro. Esta deu 70 sacas por hectare, mas esta aqui vai baixar muito o rendimento – conta.

Para não ter perdas ainda maiores, acelerou a colheita.

– Nós tivemos que antecipar a dessecação porque o que está seco está torrado de seco. Nós estamos colhendo soja aqui com nove de umidade. Temos que colher, senão a vagem seca vai começar a debulhar tudo – relata Adir Lui.

– O dia está com alta temperatura, chegando a 38, 40 graus de temperatura e a soja cozinha, nós temos que colher – completa o produtor.

Se o clima atrapalhou, a praga que tirou o sono do produtor brasileiro não provocou perdas no Paraguai. Lá é liberada a aplicação de produtos à base de benzoato de emamectina, usado para o combate da helicoverpa.

– Nós não tivemos problema com a tal da helicoverpa. Este ano aqui não teve nenhum problema. Esta soja que nós estamos colhendo agora teve duas aplicações só de produto para lagarta – diz Lui.

O que realmente preocupa é a disseminação da buva, planta daninha mais presente a cada safra, e também a infestação de percevejos. Em Laranjal, cidade próxima a Santa Rita, o controle não foi fácil. Na fazenda de Eduardo Colet, o monitoramento diário garantiu a eficiência, e o produtor ainda contou com a sorte: a chuva isolada amenizou os efeitos da seca.

– Tem gente que reclamou que a chuvarada não foi parelha, lugar que está dando 130, 140 por alqueire. Mas para nós está perfeito: choveu na hora certa, encheu o grão. Estamos pensando em 67, 70 (sacas) por hectare e acho que vai ser isto aí, dificilmente vai baixar. O soja plantado cedo em setembro promete 67 (sacas) por hectare. Varia um pouco, sobe um, outro baixa. Estamos contentes agora – explica Colet.

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