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Especialistas projetam mercado para 2015

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Projeto Soja Brasil ouviu analistas sobre o mercado da soja em 2014 e o que esperar de preços e câmbio para o próximo ano
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Rikardy Tooge | São Paulo (SP)

O Soja Brasil entrevistou dois analistas para fazer um panorama do mercado da soja em 2014 e o que o sojicultor pode esperar de câmbio e preços para 2015. Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado, e o diretor da SIM-Consult, Liones Severo, fizeram a análise.

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Severo destaca que 2014 foi o ano com o melhor preço médio da história. Segundo ele, a soja é uma proteína necessária para a sobrevivência humana, portanto sua demanda é incalculável. Seguindo essa linha, ele projeta 2015 como um ano com média de preços igual ou superior. Inclusive, ele reforça que, mesmo com a cotação de Chicago mais baixa, a composição de preços e o mercado físico não se alteraram de maneira tão expressiva no decorrer do ano.

– Faço um balanço positivo. O preço no mercado físico foi bem remunerador, tivemos o melhor preço médio da história. Não tem cenário baixista (para 2015). A soja é uma proteína valiosa, capaz de alimentar rebanhos e necessário para a sobrevivência humana. O único jeito de diminuir a demanda é diminuir a população, e isso não acontecerá. Temos para quem produzir e temos um caminho muito forte pela frente. Teremos preços iguais ou melhores – explica o diretor da SIM-Consult.

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O analista de Safras & Mercado avalia este ano como positivo, oferecendo bons negócios para quem soube analisar os momentos de picos para fechar negócio. Outro ponto é que a composição de preços no segundo semestre compensou o preço da cotação em Chicago. Mesmo com as cotações sempre próximas aos US$ 10,00/bushel, até US$ 2,00 a menos dos preços do primeiro semestre, os prêmios e valorização do dólar tornaram o preço final atrativo para negócios.

– Foi um ano bom, quem percebeu as curvas do mercado conseguiu bons preços. No final, o câmbio equilibrou os preços. O produtor precisa observar boas oportunidades, já que teremos safra recorde na América do Sul. Para a cotação em Chicago subir, só com quebra de safra em algum país – comenta.

Molinari também não trabalha com a hipótese da cotação se estabilizar a partir de US$ 10,00/bushel, tudo dependerá das estimativas da safra 2015/2016, podendo até diminuir esse valor.

– Nós estamos com seguidas safras recordes. O mercado vai precificar isso, não existe piso em cotação no mercado. Será difícil o preço de US$ 10,00/bushel com mais safras recordes seguidas – pondera o consultor de Safras & Mercado.

Câmbio

O ano termina com a cotação do dólar entre R$ 2,60 e R$ 2,70, valor que possibilitou a melhora nos preços do mercado físico para os produtores brasileiros. A compra dos insumos para a safra 2014/2015 foi feita com o dólar mais desvalorizado, situação que favorece na rentabilidade.

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Questionamos os especialistas se, na safra 2015/2016, o dólar nesse patamar pode comprometer a remuneração do produtor. Paulo Molinari diz que ainda é muito prematuro apostar no dólar se mantendo essa cotação até o momento da compra de insumos para o próximo ciclo. Ele acredita que é necessário esperar os primeiros meses de 2015 para observar como o mercado reagirá às medidas da nova equipe econômica de Dilma Rousseff, o que pode contribuir na queda da moeda americana.

– Depende do começo de 2015. Teremos uma nova equipe econômica, se ela fizer o que precisa ser feito, o mercado e o dólar reagirão de outra maneira – afirma.

Liones Severo afirma que, caso o dólar se mantenha alto, o lucro do produtor não será comprometido. Ele lembra que os custos de produção representam cerca de 30% da receita do sojicultor, o restante será lucro para o produtor que souber aproveitar o mercado com o dólar valorizado.
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