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Agricultores e empresários do interior do Paraná mudam estratégias para manter vendas durante a pandemia

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Bloco 02 Caminhos do Campo 03/05/2020

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Bloco 02 Caminhos do Campo 03/05/2020

Agricultores e pequenos produtores do Paraná relatam que precisaram se reinventar para continuar o trabalho com o público, durante a pandemia do novo coronavírus.

Na colônia Witmarsum, em Palmeira, a quase 60 quilômetros de Curitiba, parte da renda dos moradores dependia das visitas que a colônia recebia aos fins de semana. Atualmente, sem turistas, os agricultores estão indo até a cidade para levar a produção.

Guilherme Ceschim, chefe de cozinha de um dos restaurantes da colônia, conta que, antes da pandemia, o estabelecimento recebia, em média,e 400 pessoas por dia, aos fins de semana.

Com o período de isolamento social, os pratos típicos da culinária alemã estão sendo levados, sem custos, da colônia até a capital. Guilherme comemora os resultados.

«As pessoas estão pedindo. Tivemos muitos pedidos entregues na semana passada», disse.

Agricultores e pequenos empresários do interior do Paraná mudaram estratégia para manter vendas durante a pandemia — Foto: Reprodução/RPC
Agricultores e pequenos empresários do interior do Paraná mudaram estratégia para manter vendas durante a pandemia — Foto: Reprodução/RPC

Agricultores e pequenos empresários do interior do Paraná mudaram estratégia para manter vendas durante a pandemia — Foto: Reprodução/RPC

Queijos e outros produtos artesanais que recebem o nome da colônia também passaram a ser entregues diretamente para os consumidores.

Andrea Cardoso, gerente de laticínios da cooperativa que fica em Witmarsum, diz que esta foi a estratégia para reduzir os prejuízos.

«Nós já temos uma logística bem consolidada em Curitiba porque os nossos caminhões já saem para fazer entregas nas grandes redes. Então, devido ao momento, abrimos este canal para a venda direta ao consumidor», diz a gerente.

Apesar do retorno positivo nas vendas, o chefe Guilherme lamenta a perda de contato direto com o público. «É uma experiência, mas não é uma experiência completa. Falta o acolhimento do cliente. Sem sombra de dúvida, a gente quer abrir o quanto antes e receber todos», concluiu.

Solidariedade e união

Durante o período de pandemia do novo coronavírus, cooperativas agrícolas do Paraná estão desenvolvendo ações para ajudar as comunidades.

Uma das empresas envolvidas é a Cooperativa Agrária, que fica no distrito de Entre Rios, em Guarapuava, na região sul do estado.

A cooperativa surgiu para dar apoio a famílias de suábios do Danúbio que tinham sido expulsos das casas deles, na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, e estavam recomeçando a vida no Brasil.

O grupo mobilizou os associados para reforçar o sistema de saúde da cidade. Equipamentos de proteção individual foram comprados e distribuídos para uso de profissionais de saúde.

Além disso, os participantes compraram equipamento para o centro cirúrgico e apoio das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital São Vicente, que atende a uma população de quase meio milhão de pessoas, em 20 municípios.

A Frísia, fundada em Carambeí, há 95 anos, doou R$ 150 mil em equipamentos de proteção para profissionais de saúde e cestas básicas para comunidades pobres nos seis municípios onde a cooperativa possui unidades.

Parte dos alimentos doados foi produzida nas fábricas da cooperativa. Funcionários e associados também ajudaram na arrecadação de alimentos.

O diretor presidente da Frísia, Renato Greidanus, diz que «a palavra cooperativa já diz tudo. A gente tem que cooperar entre nós, entre pessoas. Nós, como cooperativa, somos uma sociedade de pessoas. Então, fazer essas ações, é natural dentro do sistema cooperativo».

Em Cascavel, na região oeste, a Coopavel, em parceria com empresas da região, distribuiu 12 mil litros de álcool 70º para associados, hospitais, clínicas e unidades de saúde.

Também na região oeste, em Cafelândia, a Copacol, que tem 56 anos de tradição, doou uma tonelada de frango para o Hospital Universitário de Cascavel, que é referência na região, inclusive, no tratamento da covid-19.

O diretor do hospital, Rafael Muniz de Oliveira, diz que «o hospital não tem dificuldade para adquirir alimentos, mas toda doação é bem vinda porque o hospital reverte o custo que teria com alimentação para investir em equipamentos de proteção para os profissionais.»

A Copacol também doou para o HU quatro mil kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). São luvas, aventais e máscaras impermeáveis que vão ajudar na proteção de técnicos, médicos e enfermeiros.

Outros oito mil kits de EPIs foram distribuídos em 41 municípios da região.

Walter Pittol, presidente da cooperativa ressalta que «todos precisam fazer a sua parte e a parte da cooperativa é contribuir para a preservação do atendimento dos profissionais de saúde, que trabalham atendendo toda a população.» G1

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