Notas
CDE No Paraguai, brasileiro enfrenta fila, confusão no Black Friday
No Paraguai, brasileiro enfrenta fila, confusão e promoção que não existe
A polícia precisou garantir a segurança em frente a uma das lojas
Fila para todo lado e confusão não faltaram na Black Friday de Ciudad del Este, no Paraguai, na manhã desta sexta-feira, 24. O número de lojas que aderiram à promoção foi menor do que o esperado pelos consumidores e isso exigiu paciência de quem comprava.
Alguns consumidores saíram satisfeitos, mas outros reclamavam. Alguns clientes passaram a noite na fila para garantir a compra e, quando a loja abriu as portas, não encontrou o que havia sido anunciado. Afirmaram que o marketing não correspondia ao que foi anunciado.
A polícia precisou garantir a segurança em frente a uma das lojas. As portas estavam fechadas e os consumidores só podiam entrar em grupos de 10 cada. Em alguns momentos, quem estava no lado de fora se exaltava e batia nas portas. Nem todos que entraram, saíram satisfeitos porque os itens anunciados estavam em falta. «A loja não está liberando tudo, não vale a pena, nem tem celular», diz José de Oliveira, morador de Foz do Iguaçu.
A aglomeração para comprar começou na noite de quinta-feira, 23, e se estendeu até esta sexta-feira pela manhã. Por volta das 5 horas, a fila já tinha mais de 300 pessoas. No meio da manhã, passava de 500.
Entre os consumidores determinados a enfrentar o desconforto para levar o mais barato para casa estava o estudante de medicina, Ribamar Ferreira, 30 anos. De Tocantins, mas morador da fronteira, ele passou a noite em claro para comprar uma televisão. Chegou na porta da loja às 23 horas de quinta e saiu com o produto nesta sexta, às 10 horas.
«Consegui por mais da metade do preço do Brasil», comemora. Ribamar pagou US$ 99,00 por uma TV 32 polegadas LED da Samsung e disse que não foi difícil ficar na fila porque quando a conversa é boa o tempo passa rápido.
Também parte das lojas que a princípio cumpriam o prometido, a Mega Eletrônicos teve movimento intenso e, segundo os funcionários, representou um aumento de 50% em relação aos dias sem promoção. Os descontos, de 2% a 70%, atraíram consumidores de todo País.
Quem adquiria qualquer produto ainda tinha a chance de participar de um sorteio e ganhar até 70% para comprar qualquer mercadoria. Pela manhã, três clientes conseguiram um desconto de 70% e optaram por levar um iPhone. O smartphone, na versão recém lançada no mercado, iPhone X, está sendo vendido por US$ 1.297 na Black Friday.
A gerente de marketing da loja, Andressa Marques, diz que os produtos mais procurados são celulares e drones. Ela diz, no entanto, que a movimentação está dentro da expectativa para o período. «No fim de ano o movimento triplica.»
Servidor público, Diógenes Luiz, 27 anos, veio de Pernambuco com a família passear na fronteira e aproveitou a Black Friday para comprar. Ele saiu com a sacola cheia do Paraguai, principalmente brinquedos e perfumes, e disse que o desconto realmente compensa. «O desconto é mais real que no Brasil.»
A maior parte das lojas que aderiu à promoção são voltadas para turistas e já conhecidas pelos brasileiros. Algumas vão estender a Black Friday até domingo, 26, e ficam abertas à noite. O comércio de importados de Ciudad del Este conta hoje com cerca de 6 mil lojas.
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