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CHACO.Do sal à soja: europeus querem firmar Paraguai como novo primo rico do Mercosul
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Colonizada por imigrantes alemães, ucranianos e russos, região do Chaco, no Noroeste paraguaio, pode fazer a área de grãos praticamente triplicar no país.
Loma Plata e Filadelfia (Paraguai) |
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O Paraguai quer mais.
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Desde 2010 o país apresenta crescimento médio de 5,8%. O maior da América do Sul. Em 2018 não será diferente: o ‘primo rico’ do Mercosul espera crescer 3,4%, acima dos 2% esperados pelo Brasil. E a agropecuária tem um papel fundamental neste cenário. Responsável por 30% da riqueza produzida pelo país, o setor pretende expandir, principalmente na área de grãos. É aqui que entra o Chaco.
Com uma área de 1,30 milhão de quilômetros quadrados de florestas e planícies, o Chaco está localizado entre Argentina, Bolívia e Paraguai. Neste último, são 400 mil km², mais de 50% do país. Ao todo, a região tem 22 milhões de hectares. Embora algumas áreas sejam tão áridas que o sal “brote” do chão, alimentando inclusive indústrias, há 8 milhões de hectares com potencial para agricultura. O movimento ainda é pequeno, mas vai subir nos próximos anos. Em todo o Paraguai, a estimativa da Expedição Safra é de que 4,6 milhões de hectares sejam cultivados com soja, milho e trigo.
Em Loma Plata e Filadelfia, no departamento de Boquerón, cidades mais antigas e estruturadas, a pecuária de corte e de leite está bem consolidada. Quase toda carne e lácteos consumidos no país saem de lá pela ruta 9. As lavouras brotaram há pouco tempo. É o que conta o engenheiro agrônomo Wilbert Harder, da Cooperativa Chortitzer. “Há dez anos, não havia cultura de cultivar soja e milho na região. Mas hoje é uma alternativa rentável e provavelmente será a atividade que mais vai crescer aqui”, explica.
Esta região do Chaco paraguaio, conhecida como Chaco Central, foi colonizada por menonitas da Alemanha, Rússia, Ucrânia e do Canadá, no início do século 20. A presença cultural é tão marcante, que grande parte das placas está em alemão, idioma que também é falado em rádios e ensinado nas escolas. Segundo o último Censo realizado no país, em 2016, 30 mil menonitas moram no Paraguai. Eles criaram cooperativas agrícolas que produzem diferentes cortes de carne bovina, além de lácteos. A produção, nos dois casos, é exportada para diferentes países através dos portos hidroviários de Assunção e Concepción. gazetadopovo
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