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Fertilidade do solo: sistema vivo e produtivo

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Já começou o preparo do solo para a próxima safra de verão. Processo é contínuo e ocorre o ano todo, não apenas quando se aproxima a hora do plantio.
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Durante todo o período de colheita da safra de verão, muitos agricultores, independentemente dos resultados alcançados nas lavouras de soja e milho, irão fazer um balanço de sua performance produtiva em busca do que é passível de ajuste, de aperfeiçoamento. Vão pensar nos defensivos, na genética das sementes, nos fertilizantes, no manejo da lavoura e vão até olhar para o céu pensando no clima. O solo também será observado, mas a questão é saber se será compreendido.
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Mais do que um elemento isolado, a fertilidade do solo é, na verdade, um sistema que deve ser interpretado de forma integrada e indissociável da atividade agrícola. De acordo com o pesquisador Djalma Martinhão, da Embrapa Cerrados, é possível afirmar que o sistema de fertilidade do solo é responsável por 50% do resultado de uma lavoura (ouça a íntegra da entrevista e saiba mais).

A parcela de milheto que aparece em 1º plano é sem adubação, portanto, sem produção de biomassa necessária, como consequência o teor de matéria orgânica do solo é baixo. Nas parcelas laterais e mesmo ao fundo verifica-se boa cobertura de biomassa, devido a essas parcelas serem adubadas

Cobertura eficiente do solo, busca constante pela elevação do teor de matéria orgânica, adoção de critérios para coleta de amostras de solo seguindo o tipo de adubação realizada, são algumas das medidas que integram esse sistema que deve ser observado de forma ininterrupta. O solo deve ser percebido e monitorado como uma espécie de banco de fertilidade, que tem “entrada” e “saída” de nutrientes. Mas além disso, que também tem vida própria com a atividade microbiana, estimulada sobretudo pela quantidade de biomassa ali presente.

Às vésperas do início do plantio da safra de verão, quase nada pode ser feito para melhorar a fertilidade do solo. O trabalho, de acordo com Martinhão, deve ser feito ao longo do ano todo. Contudo, em geral, quando chegamos ao início do plantio, o que se vê é que a maior parte das propriedades não está coberta com resíduos de culturas anteriores e portanto pouca biomassa no sistema.

“É o que eu gostaria de ver, mas não vejo. O que vemos é o uso do plantio convencional em metade das propriedades. As áreas estão nuas. O produtor gradeou, incorporou o pouco que havia de resto de cultura para poder semear a cultura subsequente. Essas áreas vêm, comprovadamente, perdendo em produtividade quando comparadas a áreas de plantio direto. Em um comparativo com soja, as áreas sem essa cobertura têm uma performance 30% inferior às áreas com plantio direto. No milho, diferença chega a 10%”, explica o pesquisador sobre o contexto da região dos Cerrados.

Trabalhar o sistema de forma planejada é o ideal e é o que se recomenda. Ao optar apenas por “apagar incêndios”, suprindo pontualmente às necessidades que vão aparecendo, há prejuízos. Nas propriedades onde a atividade é bem planejada, as taxas de retorno líquido, bem como a produtividade das lavouras são sempre superiores também.
FONTE: Dia de Campo

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