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Mato Grosso colhe soja úmida para evitar perdas

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Rodrigo Martins teve de replantar, mas garantiu colheita de 52 sacas por hectare em área que prometia menos.

Produtores de soja de Mato Grosso que têm lavouras maduras colhem grãos com mais de 20% de umidade — um terço acima do indicado — para evitar perdas. O mesmo clima úmido que salva plantações castigadas por semanas de seca em janeiro também apressa o passo de quem plantou variedades superprecoces.

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Rodrigo Martins teve de replantar, mas garantiu colheita de 52 sacas por hectare em área que prometia menos.
Um ano depois de perder 7 mil sacas de soja (420 toneladas), Rodrigo Pereira Martins iniciou a colheita mesmo sabendo que terá mais trabalho na secagem. As chuvas intensas da colheita do ano passado levaram embora volume que exigem o cultivo de 140 hectares. A Expedição Safra acompanhou o carregamento do primeiro caminhão e conferiu que o ânimo é outro neste ano.

Ainda não se trata de pressa para plantar milho, relata Martins. O estado acelerou o plantio da soja em setembro do ano passado com esse objetivo. E pretende concluir a semeadura de cerca de 3 milhões de hectares com o cereal dentro de um mês e meio.

A questão é garantir o maior volume de soja possível num ano de cotações pressionadas. Um dos primeiros produtores a colher soja em São Pedro da Cipa (Sudeste de Mato Grosso), Martins registra 50 a 52 sacas por hectare. O talhão teve de ser replantado entre setembro e outubro mas acabou rendendo volume que corresponde à previsão de produtividade média no estado.

Sua propriedade é um retrato da colheita e da expectativa de produção de soja em Mato Grosso. Os primeiros talhões correspondem a menos de 20% da lavoura e devem chegar aos armazéns nos próximos dias. Outra parcela, que mostra ter sofrido com o clima em janeiro, também deve registrar perdas. A maior parte da produção, no entanto, ainda tem potencial preservado e pode elevar o volume médio por hectare.

Assim, com o avanço da colheita, a produtividade tende a cair nas próximas semanas, aponta o gestor de Projetos do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca. Ele considera que essa segunda parcela de soja estava na fase de florescimento e enchimento de grãos no segundo veranico da safra.

Trabalhador almoça em dia de reparos no terminal intermodal de Curitiba. Vendas travadas adiam embargue do grão para exportação.
Por outro lado, as chuvas previstas para esta e a próxima semana são bem vindas e podem oferecer recuperação para as lavouras que serão colhidas a partir da segunda quinzena de fevereiro.

Para Latorraca, mesmo que os problemas climáticos registrados até agora tenham consequências severas, a produtividade não deve cair mais do que duas sacas por hectare, mantendo a média dos últimos anos.

Terminais de embarque de soja em trens estão preparados para o transporte. Em Itiquira, a operadora Seara faz ajustes à espera dos primeiros carregamentos. Num momento em que as vendas estão paradas, a produção sai do campo e demora mais para seguir aos portos em comboios de vagões ou caminhões.

http://agro.gazetadopovo.com.br/

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