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Ministro quer criar jurisdição específica para o PCC no Paraguai

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País espera resposta do Brasil para deportar 120 presos

Construir um presídio de segurança máxima e um sistema jurídico específico para detentos brasileiros que tenham ligações com o crime organizado. Essa foi a ideia apresentada pelo Ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, ao presidente local, Mario Abdo Benítez, em reunião na manhã desta segunda-feira (24), na sede do governo do país vizinho, em Assunção.

Ao jornal ‘ABC Color’, Villamayor explicou que nos próximos dias o governo local deverá criar uma espéciua de sistema judiciário próprio para cuidar de brasileiros vinculados à facção criminosa. A ideia tivera o aval do supremo tribunal de justiça paraguaio.

«Tem que haver uma unidade de competência, como é o caso de crimes como o terrorismo, há uma unidade de poderes, certos promotores, juízes da capital; então, suponho que um paliativo à situação atual na luta contra o crime organizado pode ser uma jurisdição territorial específica, conforme acordado pelo Supremo Tribunal de Justiça», disse o ministro.

O trabalho dessa juridição específica seria tocado por uma espécie de força-tarefa que conduziria todos os trabalhos, da invesigação, prisão, encarceramento e até a extradição dos integrantes de grupos como o PCC, facção que controla o tráfico de drogas e armas na fornteira do país com Mato Grosso do Sul.

Ainda de acordo com Villamayor, somente este ano o Paraguai já decidiu pela extradição de 120 presos para o Brasil. A metade deles, pelo menos, seriam do PCC e também do Comando Vermelho. Pelo menos outros 12 detentos devem ter o processo concluído nos próximos dias. O plano do ministro é deixar o grupo de ‘quarentena’ todo reunido em uma prisão única, específica para eles, até que haja resposta do governo brasileiro.

«Há 12 pendentes (para serem expulsos), mas isso depende do acordo com o Brasil para levá-los. E temos até agora 120 (expulsos), que esperamos que seja em breve. O que estamos pensando é que haja uma expulsão a cada três dias. E parece que é pelo menos um fato e uma figura importante, mais da metade pertence a grupos ligados ao crime organizado», explicou o ministro.

CRISE

A segurança pública paraguaia está em crise desde que dez brasileiros do PCC foram executados na penitenciária de San Pedro, cidade paraguaia que faz fronteira com Paranhos, no último dia 16.

De acordo com o portal ‘Porã News’, detentos utilizaram armas artesanais durante o conflito. No entanto, tiros foram ouvidos de dentro da unidade. Entre os mortos, está um integrante do PCC (facção cque controla o tráfico de drogas e armas  nas fronteiras de MS), morto na disputa com o Clã Rotela, quadrilha rival (leia mais abixo).

A revanche foi orquestrada pelo líder do Clã, Armando Rotela, conhecido como ‘Rei do Crack’, para se vingar de caso ocorrido no dia 14, quando ocorrência parecida foi registrada na Penitenciária de Tacumbu, em Assunção. Na ocasião, membros do PCC executaram dois presos e deixaram um ferido, durante o ‘batismo’, como é chamado dentro da quadrilha o ritual de filiação de bandidos ao bando.

Desde fevereiro, após a transferência dos principais líderes para penitenciárias federais, o PCC vem buscando aumentar o controle nas instituições penais paraguaias.

O Correio já revelou que mais de 15 integrantes da facção foram presos por planos de resgate de lideranças que cumprem pena em penitenciárias do país vizinho.

Segundo o site ABC Color, 90% dos presos nas penitenciárias do país têm membros de facções criminosas, sendo que só do PCC seria um total de 400 presos que devem ser expulsos do Paraguai.

Surgido após a execução de Jorge Rafaat em junho de 2016, o Clã Rotela é a maior facção criminosa em atividade no Paraguai, formado basicamente por nativos que querem reestabelecer o controle do tráfico de drogas. Atualmente atua principalmente na venda de entorpecentes em bairros pobres das grandes cidades vizinhas, mas vem aumentando o poder de penetração nas penitenciárias, principalmente pela colaboração de agentes peniteniciários e policiais corruptos, que repassam armas e informações sobre o PCC.

A polícia local descobriu recentemente planos de ataques nas cidades de fronteira com Brasil e Bolívia, atualmente dominadas pelo PCC, com o objetivo de criar rotas de comércio de maconha e cocaína com grupos rivais ao da quadrilha paulista. 

No dia 21, revista no presídio de Pedro Juan Caballero revelou que integrantes do PCC desfrutavam de imenso luxo dentro da instituição penal. Depois do fato, o governo paraguaio reagiu e demitiu toda a cúpula responsável pelas prisões.

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