Notas
Soja passa a operar com leve recuo na Bolsa de Chicago nesta 2ª; mercado busca direção
O mercado internacional da soja segue operando com estabilidade nesta segunda-feira (27), porém, agora operando em campo negativo. Por volta de 11h50 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 0,25 e 3 pontos, com o maio valendo US$ 8,27 e o agosto, US$ 8,37 por bushel.
Os traders continuam se dividindo entre as notícias do cenário macroeconômico – ainda muito influenciadas pelos desdobramentos do novo coronavírus – e seus fundamentos, olhando para a demanda e para o início da nova safra norte-americana. A perda de quase 30% do petróleo em Nova York ainda exercia pouco impacto sobre o andamento das cotações.
«É a ultima semana do mes, com traders tentando buscando encontrar e garantir algum lucro. O mercado opera com pequenas altas no momento à espera de novas compras de soja americana pela China», explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar.
E até este momento, os traders ainda não sentem a influência de adversidades climáticas e o mercado agora observa os cenários para, aos poucos, ir definindo seus novos rumos.
«No Brasil, além da pandemia e recessão global, infelizmente, temos a crise política, onde só com uma atuação mais agressiva do Banco Central brasileiro para impedir uma desvalorização ainda maior do Real, que já está em patamares recorde», explica Cachia.
«O mercado da soja deve seguir firme e os vendedores agora vão tentar patamares ainda maiores. Mas, para ter fechamentos terão que ter dólar mais forte e alguns já nos apontavam que esperam que agora as cotações possam ir aos R$ 110 para maio nos portos», diz Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Como explica o especialista, há ainda nos portos algum espaço de embarque para maio, com os compradores querendo mais posições para junho e a frente, podendo pagar mais para agosto em diante.
«Os compradores devem continuar agressivos e querendo a soja, porque estão vendo a comercialização que vai evoluindo rapidamente e pouco vai restando para os novos fechamentos. Seguirá firme, mas totalmente dependente do dólar», conclui Brandalizze. noticiasagricolas.com.br
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