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Veja o que pode mexer com o mercado da soja na primeira semana de setembro

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O contrato setembro da Bolsa de Chicago acumulou baixa de 1,42% em agosto, mas internamente a oleaginosa tem sido sustenta por prêmios e dólar em alta

O contrato da soja com entrega em setembro fechou com alta de 0,08% nesta sexta-feira, 30, na Bolsa de Chicago. Segundo a Safras & Mercado, na véspera de um fim de semana prolongado nos Estados Unidos, compras técnicas levaram a oleaginosa à valorização. Na semana, a posição novembro acumulou alta de 1,45%. Com isso, o vencimento encerrou agosto com baixa de 1,42%.

O analista Luiz Fernando Roque elencou fatores que merecem atenção do mercado de soja na primeira semana de setembro.

  • O mercado permanece à espera de novidades relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China. Em uma semana um pouco mais tranquila, a Bolsa de Chicago encontrou certo suporte nas declarações de Donald Trump que indicaram que representantes do governo chinês voltaram a conversar com a equipe econômica norte-americana a fim de avançar com as negociações comerciais entre os países;
  • Isso impediu uma maior pressão negativa sobre os contratos futuros, o que abriu espaço para uma pequena recuperação. Apesar disso, não houve mudança no panorama. O mercado continua pressionado pela falta de acordo e pela falta de novas compras chinesas de soja dos norte-americana;
  • Enquanto isso, os players avaliam o desenvolvimento final da safra norte-americana e seu verdadeiro potencial produtivo. Após a Pro Farmer indicar uma safra menor que a prevista pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), cresce a possibilidade do órgão trazer um novo corte no tamanho da produção dos EUA em seu relatório do dia 12 de setembro.
  • Apesar disso, o clima regular das últimas semanas parece estar ajudando no potencial produtivo das lavouras. Sinal disso é a indicação do USDA de que as condições das lavouras melhoraram no período entre 19 e 25 de agosto, o que surpreendeu o mercado.
  • A safra americana ainda não está totalmente definida e o clima continua sendo fator importante;
  • No mercado interno, a tendência continua sendo de alta para as cotações. Mesmo com a queda em Chicago, a soma de prêmios valorizados com dólar elevado traz suporte para os preços;
  • Atenção às oportunidades para a ponta vendedora. Uma melhora no humor do mercado financeiro pode trazer ajustes negativos para o câmbio, impedindo um maior avanço das cotações.

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