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Vendas de pequenos tratores continuam em expansão no Brasil

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Vendas de pequenos tratores continuam em expansão

Em geral bem menos aquecida neste ano no país, a demanda dos produtores rurais por máquinas agrícolas permanece firme pelo menos em uma categoria: a dos pequenos tratores, cujas vendas desafiam as incertezas e continuam em expansão. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a comercialização de tratores com até 80 cavalos de potência representou 51% das vendas domésticas de tratores de roda de janeiro a agosto. Foram cerca de 19,2 mil unidades do gênero, ante pouco mais de 17 mil em igual período do ano passado.
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Em 2013, quando as vendas domésticas de máquinas agrícolas bateram recorde, o grande destaque foram os equipamentos de maior potência e mais sofisticados. Foi um ano marcado por bons preços de commodities como soja e milho – o que manteve grande parte dos agricultores capitalizados – e por condições favoráveis de financiamento, sobretudo no caso do Programa de Sustentação do Investimento (PSI, do BNDES).

Já se esperava, portanto, uma retração nas vendas, até porque a conjuntura se tornou bem menos favorável em 2014. Mas, mesmo que seja apenas um alento para algumas companhias do segmento, o fato é que o fortalecimento da agricultura familiar continua a impulsionar o mercado de pequenos tratores. De forma até surpreendente, segundo Marco Antonio Viana Leite, coordenador do Mais Alimentos, programa que financia investimentos na modernização das propriedades rurais familiares.

Segundo ele, acreditava-se que haveria uma acomodação na demanda por recursos do Mais Alimentos para as aquisições de tratores e implementos agrícolas, que ganharam uma nova dinâmica desde o início do programa, na safra 2008/09. Mas isso não aconteceu e muitos pequenos produtores continuam a investir – e, inclusive, a se transformar em agricultores empresariais. Na safra 2013/14, dos R$ 22,2 bilhões aplicados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 12,7 bilhões foram para investimentos. Desse valor, R$ 8,2 bilhões foram destinados a investimentos em máquinas no âmbito do Mais Alimentos, ante R$ 5,7 bilhões em 2012/13.

Leite calcula que o Mais Alimentos seja responsável por 70% das vendas de tratores abaixo de 80 cavalos de potência no país. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que coordena o Mais Alimentos, já foram adquiridos cerca de 80 mil tratores por meio do programa. Na temporada 2008/09, foram 10.548 unidades; na safra 2013/14, 19.074. Foram aplicados no programa R$ 14,6 bilhões desde 2008/09 – R$ 5,5 bilhões para a aquisição de tratores, R$ 2,1 bilhões para veículos de transporte, R$ 5,4 bilhões para outros equipamentos agrícolas e R$ 1,3 bilhão para equipamentos destinados a pecuária.

Na Agrale, a comercialização de tratores que a empresa classifica como médios (de 50 a 100 cavalos de potência) foi de 10% a 15% maior nos nove primeiros meses deste ano ante igual intervalo de 2013, estima Flavio Crosa, diretor de vendas da empresa. Ele diz que essa linha representa cerca de 60% do mercado nacional de tratores. As vendas totais de tratores da Agrale, de todas as potências, recuaram 3,4% de janeiro a setembro, conforme o executivo.
FONTE: Valor Econômico

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