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Soja tem alta de dois dígitos em Chicago nesta 6ª e negócios pontuais a R$ 82 em Rio Grande

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A sessão desta sexta-feira (7) está sendo agitada para o mercado internacional da soja na Bolsa de Chicago. Depois de iniciar o dia bem próximos da estabilidade, os futuros da oleaginosa – no final da manhã e início da tarde – começaram a ampliar seus ganhos que, por volta de 12h20 (horário de Brasília), variavam entre 13,25 e 15,75 pontos, com o contrato agosto já tentando voltar à casa dos US$ 10,00 por bushel.
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Para os preços da soja nos portos brasileiros, ao contrário do que aconteceu nos últimos dias, o suporte vem dos ganhos registrados em Chicago e, por volta de meio-dia, a soja da safra nova era negociada a R$ 81,00 por saca, com alta de 0,62% em relação ao fechamento desta quinta-feira. Em momentos pontuais, os negócios bateram em R$ 82,00 para o mercado spot. E essa é a melhor referência do ano para o produto da temporada 2015/16. A soja disponível, no mesmo momento, valia R$ 80,50. Em Paranaguá, o produto disponível valia R$ 79,00 e o futuro R$ 78,00 nesta sexta-feira.

Nesta sexta, o dólar opera em campo negativo, porém, ainda tenta se manter acima dos R$ 3,50. Por volta de 12h50 (Brasília), a moeda americana era cotada a R$ 3,5343, após mais de 6% de alta acumulada nos últimos seis pregões.

Frente ao real, o dólar encontra uma forte sustentação no cenário político e financeiro ainda muito turbulento. Já no quadro externo, as perspectivas de uma alta dos juros nos Estados Unidos são o principal fator de sustentação e se intensificaram hoje com bons dados sobre o mercado de trabalho do país. Entretanto, o Banco Central parece ter aumentado sua intervenção no câmbio, como informou o portal G1, e isso teria pesado sobre a cotação.

«O mercado está sem referência. Operar com economia é fácil, é fazer conta. Não tem fórmula para operar com política», disse o operador de uma gestora de recursos internacional ao G1. «Como o mercado está em pânico, qualquer faísca é fogo», afirmou.

Bolsa de Chicago

Ainda no pregão de hoje na CBOT, os futuros do farelo de soja também trabalhavam em campo positivo, o que contribui para uma sustentação do grão, segundo explicam analistas. Os principais vencimentos subiam pouco mais de 4 pontos e todos operavam acima dos US$ 300,00 por tonelada. E não só em Chicago, mas o derivado teve um dia positivo também na Bolsa de Dalianm da China, segundo explicaram analistas e consultores da Agrinvest Commodities no blog da consultoria.

«De forma geral, os preços internos do farelo seguem sustentados pela expectativa de crescimento da demanda sazonal relacionada ao período de aumento de produção de carnes a fim de atender o aumento do consumo durante o feriado lunar (meados de fevereiro). A curva de preços dos futuros do farelo negociados em Dalian mostram essa sazonalidade, onde os maiores preços do farelo são negociados para janeiro. Tudo aponta para recuperação das margens de esmagamento na China, pela combinação da entrada da safra americana e preços mais altos do farelo no mercado doméstico chinês», informou o blog da Agrinvest.

Hoje, assim como aconteceu nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de soja da safra 2015/16 para a China de 132 mil toneladas. «Isso contribui, pois traz uma tendência de demanda mais aquecida e reverte a tendência desencadeada pelos rumores anteriores acerca de alguns cancelamentos», diz o consultor de mercado Mársio Ribeiro, da TRINI Consultoria. «Eles não têm como fugir de sua elevada demanda, e o mercado sabe disso», completa.

Contribuindo para as altas em Chicago nesta sexta-feira há ainda, segundo Ribeiro, um mercado financeiro menos nervoso – com bolsas de valores e dólar operando com baixas – e também as expectativas trazidas ao longo da semana para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA traz no dia 12, quarta-feira da próxima semana. » A unanimidade destas agências espera que o departamento americano traga um ajuste para baixo na projeção de produção, tanto para milho quanto a soja», diz.
FONTE: Notícias Agrícolas

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